quinta-feira, 12 de abril de 2012

Vamos construir juntos o próximo ato em defesa da vida, ajudando-nos a identificar as vítimas de assassinato em nosso Estado acesse o link abaixo e conte a sua história. 


O que é o Programa UFAL em Defesa da Vida?


O Programa UFAL EM FEDESA DA VIDA foi elaborado  conjuntamente pelas Coordenações de Política Estudantil e de Ações Acadêmicas. Tem por objetivo estimular e fomentar atividades políticas, sociais, culturais, artísticas, científicas e acadêmicas em torno dos temas Violência, Segurança Pública e Direitos Humanos.  Considerando as diferentes formas de violência, e as múltiplas expressões que assumem nas relações sociais e interpessoais, a PROEST, através do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA abriu  um leque de discussões e ações considerando os aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais e subjetivos que  têm  contribuído  para  a produção da violência em nossa sociedade.  

Sendo a Universidade uma instância educacional, por excelência, tem o compromisso de contribuir com o processo de construção de uma nova cultura política que esteja sintonizada com a defesa da vida e não com a defesa da morte violenta. Com as atividades que desenvolvemos durante todo o ano de 2009 procuramos despertar os estudantes, professores e funcionários para o fato de que  a omissão diante da violência pode produzir efeitos tão graves quanto a própria ação violenta.  No ano de 2008 o Estado de Alagoas chegou à patamares inadmissíveis em termos de práticas de violência: registrou-se oficialmente o assassinato de 2.064 pessoas. Assim, a PROEST entendeu  que a comunidade universitária, constituída por estudantes, professores e funcionários, poderia  contribuir decisivamente com a produção de reflexões e ações políticas em direção às necessárias transformações que  pudessem interromper  essa escalada de violência que põe em risco a vida de todos(as), indistintamente. Nesta direção, o PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA, que tem um caráter permanente, abriu espaço para  acolher propostas de todos os seguimentos universitários que estivessem interessados em DEFENDER A VIDA. Buscamos, de todas as formas, estimular a participação dos estudantes neste Programa, porque entendemos que todos os viventes precisam se implicar na construção de um mundo mais justo e igualitário, portanto, de um mundo em que a vida seja reconhecida como um valor inegociável.  

10º Ato do Programa UFAL em Defesa da Vida – Vida e morte nas ruas de Maceió: onde estão os direitos da população em situação de rua? – 31 de agosto de 2011


O 10º Ato foi elaborado a partir do reconhecimento da gravidade da situação vivenciada pelas pessoas que moram nas ruas de Maceió, particularmente, pelas dezenas de assassinatos durante os anos de 2010 e 2011. A ausência de direitos, a violência e a intolerância estão presentes na vida desses jovens, crianças e adultos que têm a rua como seu espaço de moradia.

A programação do 10º Ato foi elaborada em colaboração com a profª. Jorgina Sales que desenvolve um importante trabalho com os moradores de rua, .lico alvo as pessoas que consomem drogas nas ruas de MAceilho dentro do Programa Consulta partir da Secretaria Municipal através da  através da Secretaria Municipal de Saúde, com o Programa Consultório de Rua, que tem como público alvo as pessoas que consomem drogas nas ruas de Maceió.

Planejamos uma mesa redonda no horário da manhã, com o Tema “Vida e Morte nas ruas de Maceió: onde estão os direitos da população em situação de rua?”, com a participação do Militante de Direitos Humanos, Pedro Montenegro, um representante da OAB, Dr. Gilberto Irineu e da profª Jorgina Sales, representando o Projeto “Fique de Boa”, vinculado ao Programa Federal “Consultório de Rua”.

A tarde planejamos a apresentação de um filme “A margem da imagem” que discute a temática da vida nas ruas. Toda a programação foi pensando na participação dos próprios moradores em situação de rua que vieram a UFAL através da equipe que trabalha com o Projeto “Consultório de Rua”.

Em função da falta de energia, durante o período da manhã, não foi possível realizar a mesa redonda, mas realizamos, no hall da Reitoria, uma “roda de conversa” com os 12 moradores em situação de rua que vieram até o campus para participar do Ato. Foi um momento extremamente rico, onde os moradores tiveram a oportunidade de partilhar conosco as experiências vivencias nas ruas, suas dores e perdas, encontros e desencontros, enfim, falaram para os presentes como se sentem vivendo nas ruas de Maceió.

Diante da impossibilidade de realização do ato, suspendemos também a apresentação do filme que havíamos planejado para a parte da tarde e nos comprometemos a fazer um outro ato em defesa da vida viabilizando as atividades que havíamos planejado. 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

9º Ato UFAL em Defesa da Vida - A UFAL inserida no contexto de violência em Alagoas


O 9º Ato do Programa Ufal em Defesa da Vida aconteceu no dia 28 de abril de 2011, a partir de uma demanda realizada pelo CONSUNI, em função das ocorrências de violência vivenciadas no espaço do campus A.C Simões.

O evento aconteceu em dois momentos, uma palestra e uma mesa redonda discutindo, respectivamente, os seguintes temas: “Problemas e desafios para enfrentar a violência na contemporaneidade” e “Análise e propostas para o enfretamento da violência na UFAL”. A palestra aconteceu no Auditório do CESAU, com a participação do pesquisador Michel Misse, sociólogo, professor do Departamento de Sociologia da UFRJ e Coordenador do Núcleo de Estudos da Cidadania, Conflito e Violência Urbana da UFRJ; e o segundo, na Tenda da Cultura Estudantil, com a participação de representantes da ADUFAL, DCE, SINTUFAL e da SINFRA para discutir o tema.  Foi significativa a participação dos estudantes do Campus de Delmiro Gouveia que se uniu aos estudantes do Campus A. C Simões para partilhar suas preocupações sobre a temática.

No encerramento contamos com a apresentação cultural dos estudantes inseridos no Projeto Aqui(n)tá Cultural, possibilitando um encerramento marcado pela arte e cultura produzida pelos estudantes da UFAL.

terça-feira, 10 de abril de 2012

8º ATO DO PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA – TEMA: CORRUPÇÃO ELEITORAL E VIOLÊNCIA - DIA 30 DE SETEMBRO

O 8º Ato do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA aconteceu em referência às eleições que se realizariam no dia 03 de outubro. O que existiu de novo nesta programação é que ela foi sugerida por um grupo de estudantes do Curso de Direito da UFAL e acatada imediatamente pela PROEST. A temática escolhida para discussão no 8º ATO DO PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA teve por objetivo o aprofundamento de reflexões que pudessem problematizar a corrupção e a violência como obstáculos ao processo de democratização do Estado. A participação da sociedade na construção de experiências democráticas nos exige pensar nossa intervenção no processo eleitoral onde temos a oportunidade de escolher nossos representantes para os poderes executivo e legislativo, em nível estadual e federal. 

Com a realização do 8º Ato, pretendíamos evidenciar a relação existente entre as práticas de corrupção e os atos de violência na sociedade alagoana; mas, principalmente, desejávamos despertar nos jovens universitários a sua responsabilidade na reversão, com o seu voto, das práticas de violência que historicamente são utilizadas tanto para a conquista como para a manutenção do poder em nosso Estado. 

Ao abrir esse espaço de discussão, a PROEST se inscreve na formação política dos estudantes da UFAL, despertando sua consciência crítica, e os interpelando para adotar uma postura comprometida com uma “ética da responsabilidade”. Apenas dessa forma podemos nos sentir protagonistas na construção de um novo tempo de experiência democrática em nosso país e em nosso Estado. Durante todo o dia 30 nos dedicamos à discussão do tema através de uma Mesa Redonda (manhã) e uma palestra (tarde) com a participação de pessoas da mais alta qualidade, militantes históricos do movimento em defesa dos direitos humanos em Alagoas. Contamos com a participação de todo(as), acreditando que sempre podemos fazer diferente e melhor!

Foi muito importante a participação dos estudantes nas discussões, apesar de avaliarmos que o significado do tema e a proximidade das eleições poderiam ter atraído um público maior.

É importante registrar a participação, mais uma vez, do Projeto “Aquin(ta) Cultural durante os debates com uma apresentação teatral abordando o tema da Corrupção Eleitoral no Brasil.

Durante o processo de preparação do 8º ATO, publicamos dois Editais a partir de um Programa de Incentivo à Publicação Estudantil (PIPE): um estabelecendo o 1º CONCURSO DE ARTIGOS com o tema “Corrupção Eleitoral e Violência”; e outro Edital estabelecendo o 1º CONCURSO DE FOTOGRAFIAS DA PROEST/UFAL com o tema “Atitudes Sociais em Defesa da Vida e Promoção da Paz”.

O 1º Concurso de Artigos da PROEST/UFAL ficou vinculado ao Programa permanente UFAL EM DEFESA DA VIDA, e tem por objetivo incentivar os estudantes de graduação a expressar, através de artigos científicos, suas percepções em relação aos atos de corrupção ocorridos nos processos eleitorais, como também, incentivá-los a pensar soluções para os problemas provenientes da vida em sociedade.

7º ATO DO PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA – TEMA: VIOLÊNCIA CONTRA OS NEGROS


O 7º ATO do PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA foi construído em parceria com a ADUFAL, SINTUFAL E ATUFAL. Após uma campanha de arrecadação durante dois meses dentro do espaço universitário, com participação ativa dos estudantes de artes envolvidos na campanha, distribuindo panfletos em salas de aulas e nos espaços do campus universitário, conseguimos atingir a um número suficiente de calçados que expressou simbolicamente as duas mil pessoas que foram assassinadas no Estado de Alagoas no ano de 2009. Foi feita uma exposição dos calçados no hall da reitoria, dando assim ampla visibilidade ao problema que gostaríamos de focalizar: os índices alarmantes de homicídios no Estado, e o alto índice de violência contra os jovens negros e pobres residentes em nosso Estado. O objetivo do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA é sensibilizar os 20 mil estudantes da Universidade a respeito dos direitos humanos, entendendo que se conseguirmos isto estaremos dando um grande passo para a transformação da sociedade, pois eles (os estudantes) serão futuros profissionais trabalhando como professores, médicos, jornalistas, além de pais, difundindo uma cultura pacífica para seus filhos, onde quer que trabalhem.

A performance desenvolvida pelo estudante sobre os calçados fazia referência ao processo de exclusão social que golpeia crianças e jovens na sociedade brasileira. Em depoimento emocionado, o estudante concluiu sua apresentação afirmando que se não tivesse tido a oportunidade de estudar na UFAL (ele foi contemplado com a política afirmativa das cotas para estudantes de escolas públicas), ele poderia fazer parte daquelas estatísticas de homicídios, estando ali representados entre aqueles calçados que simbolizam os jovens mortos durante o ano de 2009.


Tivemos uma participação importante dos estudantes da UFAL, Pró-Reitores e funcionários durante o evento. Também a presença de estudantes da Escola Monteiro Lobato que se integraram na campanha de arrecadação dos calçados, e vieram pessoalmente trazer os calçados e participar do evento na UFAL.
  
Dois outros momentos emocionantes ocorridos nesse dia foi a fala do pai de um estudante de Geografia (Johnny da Silva Pino) a UFAL que foi assassinado no ano de 2008 e a performance dos estudantes de teatro vinculados ao Projeto Aquin(ta) Cultural, representando a temática da violência.
  
As atividades referentes ao 7º ATO UFAL EM DEFESA DA VIDA iniciaram pela manhã do dia 13 e se estenderam durante todo o dia com discussões e atividades culturais refletindo a temática em questão. Durante a tarde realizamos, no Auditório do CESAU, uma Mesa Redonda com a participação da Profª. Drª. Rachel Rocha, onde discutimos o tema “As várias faces da violência contra o negro”. A profª Nadir Nóbrega, do curso de dança, e a psicóloga Vanda Menezes, que estavam convidadas para participar deste momento, justificaram suas ausências na Mesa Redonda, por motivos de força maior.
  
Ao final da Mesa Redonda, tivemos uma belíssima apresentação cultural com os estudantes do curso de dança da UFAL, representando a problemática da violência contra os jovens negros.

Da mesma forma que fizemos a distribuição das 2.064 camisas arrecadas em 2009, nas comunidades carentes de Maceió (Sururu de Capote), neste ano de 2010 destinamos os calçados arrecadados à comunidade localizada no Conjunto Dênison Menezes e na cidade de Palmeira dos Índios que deu uma grande contribuição na campanha de arrecadação realizada em preparação ao 7º Ato do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA.

6º ATO DO PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA – “A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – CEM ANOS DE LUTA PELA IGUALDADE”. DIA 08 DE MAIO DE 2010


A Programação realizada no dia 08 de março, referente ao Dia internacional da Mulher, resultou de uma ação conjunta e articulada de várias Pró-reitorias (PROJEP, PROEST e PROEX), da Organização Maria Mariá, do Núcleo Temático Mulher e Cidadania, Faculdade de Serviço Social e das entidades organizadas da UFAL (ADUFAL, ATUFAL E SINTUFAL). As atividades se prolongaram durante todo o dia comemorativo dos “Cem anos de luta pela igualdade”, com enfoque na violência contra a mulher e na luta por seus direitos.

Na mesa de abertura tivemos a participação da Reitora e da Secretária da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, Wedna Miranda e demais representações das entidades organizadoras  do evento. Como pode ser verificado no convite acima, as atividades se estenderam durante todo o dia com Palestras, Mesas Redondas e atividades culturais envolvendo dos cursos de artes vinculados ao Projeto Aquin(ta) Cultural.

Foi importante a participação dos artistas da UFAL, integrantes da Orquestra e dos estudantes de dança, durante o dia comemorativo dos “100 anos de luta pela igualdade”. Durante todo o dia, os Núcleos Temáticos e as organizações femininas aproveitaram para fazer campanhas educativas no campo da sexualidade, com participação efetiva dos estudantes da UFAL.
A integração dos participantes durante todo o dia comemorativo da Mulher foi garantida pela permanência no campus da UFAL com o “Almoço Lilás” em nosso Restaurante Universitário. 
A abertura das atividades referentes ao 6º ATO DO PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA, foi lançada a campanha de arrecadação de calçados para realização do 7º Ato programado para o dia 13 de maio. Repetindo o mesmo gesto que o Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA fez utilizando camisas para representar simbolicamente as 2.064 pessoas que foram assassinadas em Alagoas no ano de 2008, planejamos realizar um ato simbolizando, através dos calçados, as 2.000 pessoas que foram assassinadas no ano de 2009. A realização de campanhas, primeiramente com camisas, e neste ano com calçados, tem o objetivo pedagógico de envolver subjetiva e politicamente a comunidade universitária em discussões sobre os extraordinários números de homicídios no Estado. Distribuímos o panfleto abaixo que foi amplamente divulgado durante os dois meses de preparação do 7º ATO do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA.
  

segunda-feira, 9 de abril de 2012

5º ATO UFAL EM DEFESA DA VIDA: PROGRAMAÇÃO DE DOIS DIAS PARA DISCUTIR O TEMA: DITADURA E ANISTIA NO BRASIL


Realizado nos dias 30 de Setembro e 01 de Outubro de 2009, o 5º Ato referente ao Programa UFAL DEFESA DA VIDA foi dedicado ao Tema da Ditadura Militar e da Anistia no Brasil. Este Ato foi construído com a participação dos estudantes de alguns CAs e da representação da UNE no Estado. Toda a composição das Mesas, e a programação para os dois dias doevento foi partilhado, discutido e decidido conjuntamente com representantes dos Estudantes e as Coordenações de Política Estudantil e de Ações Acadêmicas da Pró-Reitoria Estudantil. Este foi o convite enviado a toda a comunidade Universitária e a representantes da Sociedade Civil alagoana.

As atividades aconteceram em vários espaços do Campus AC Simões: no Auditório do ICHCA, no Auditório do antigo CSAU, na Praça da Paz, no Restaurante Universitário e no Hall da Reitoria. Isto permitiu uma maior visibilidade e participação dos Estudantes. Ao todo tivemos uma participação de (em média) 140 estudantes. Realizamos duas Mesas Redondas. A primeira aconteceu no Auditório do ICHCA, no dia 30 de Setembro, com o Tema: “A Abertura dos Arquivos da Ditadura”. Desta Mesa Redonda participaram o seguintes palestrantes: Profº Drº Alberto Saldanha, professor de História da UFAL; o Secretério de Direitos Humanos e Cidadania, Drº Pedro Montenegro; um representante da OAB, Gabriel Ciriaco; e um representante do DCE/UFPE, Yuri Pires. 

Abertura Oficial do 5º ATO MESA REDONDA sobre “A Abertura dos Arquivos da Ditadura” no Auditório do ICHCA Participantes da MESA REDONDA “A Abertura dos Arquivos da Ditadura”, no Auditório da ICHCA A segunda Mesa Redonda da Programação definida pelo Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA aconteceu no dia 01 de Outubro, no antigo Auditório do CSAU, onde se discutiu o tema “30 Anos de Anistia”, com a participação do Representante da Caravana da Anistia no Brasil, Adv. Narciso Fernandes, do Secretário Adjunto de Comunicação Social da Prefeitura Municipal de Maceío, Sr. Anivaldo Miranda, Edval Nunes Cajá (CCML), Rafael Pires (Representante da UNE em Alagoas) e o Professor José Nascimento (professor da UFAL que sofreu tortura no período do Regime Militar). O clima de discussão e debate desta Mesa Redonda foi marcado por muita emoção porque cada um dos palestrantes relembrou os tempos de tortura e o quanto foi difícil viver sob a ausência de liberdade no período da Ditadura. Na Mesa estavam participando três pessoas que viveram o exílio durante o período do Regime Militar, assim como alguns que tinham sido torturados. 

Avaliamos que esta atividade foi fundamental para que os estudantes da UFAL tivessem contato com algumas testemunhas vivas da perversidade da violência vivenciada durante o Regime Militar em 21 anos de nossa história. Participantes da Segunda Mesa Redonda “30 Anos de Anistia”, no Antigo CSAU. Dando continuidade à programação do 5º ATO, apresentamos o Filme “Hércules 56” para os estudantes durante a tarde do dia primeiro de Outubro, também no Auditório do antigo CSAU. Após o Filme, aconteceu uma apresentação teatral, na Praça da Paz, onde contamos com a participação dos Estudantes dos cursos de Artes, envolvidos no Programa AQUI(N)TA CULTURAL que fizeram uma apresentação abordando o tema da violência e da Ditadura no Brasil. Este foi um momento extremamente emocionante. Apresentação dos Estudantes de Teatro do Programa “AQUI(N)TA CULTURAL” aconteceu às 17:30hs, fizemos uma homenagem aos alagoanos que perderam suas vidas durante o período do Regime Militar: Odijas de Carvalho, Jayme Miranda, Manoel Lisboa, Manoel Fiel Filho e Gastone Beltrão. Foram jovens que lutando pela democracia no Brasil, foram torturados e mortos pela Ditadura. Contactamos com familiares desses alagoanos e oferecemos uma Placa onde a UFAL os homenageia e reconhece a importância de sua luta em defesa dos princípios democráticos. 

Como parte da Programação do 5º ATO do PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA, realizamos, durante toda a semana, entre os dias 28 de Setembro e 02 de Outubro de 2009, uma exposição fotográfica abordando o tema: “Direito à Memória e à Verdade”. Esta exposição fotográfica, cedida pela Universidade Federal da Paraíba, atraiu não só os estudantes, professores e funcionários da UFAL, como também a sociedade alagoana que esteve presente para conhecer um pouco mais da história através dos registros fotográficos organizados pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos, sob o comando do Drº Paulo Vanuchi. Algumas escolas da Rede Pública estiveram presentes, o que nos dá a certeza de que mais uma vez o Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA ultrapassou os muros da Universidade.

Esta exposição foi alvo de notícia em todas os veículos de comunicação de Alagoas, à exemplo do que foi publicado em matéria da primeira página da Gazeta de Alagoas. Encerrando o Relato dos ATOS relativos ao Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA, passamos a relatar o 1º Festival de Música da UFAL que também se constituiu numa atividade extremanente relevante da PROEST neste ano de 2009.

4º ATO DO PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA: MESA REDONDA - MÍDIA E VIOLÊNCIA: EFEITOS PARA O TECIDO SOCIAL


Realizamos no dia 26 de Agosto de 2009, às 9:30hs, no Auditório do antigo CSAU, uma Mesa Redonda para discutir o tema: “Mídia e Violência: efeitos no tecido social”. Convidamos para compor a Mesa o Jornalista Ênio Lins (que não pode comparecer), a Jornalista e Drª em Letras, Rosana Gaia, e o Psicanalista Lincoln Villas Boas. Nosso objetivo foi problematizar até que ponto a mídia, através do jornalismo, dos jogos eletrônicos, da internet e Relatório Anual da outros, pode contribuir para a  promoção e o aprofundamento da violência no ambiente social. Também para refletirmos até que ponto a postura da mídia pode contribuir para a construção de uma cultura de paz.

A abertura foi presidida pelo Vice-Reitor e pelo Pró-Reitor Estudantil que ressaltaram a importância do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA, sendo este uma grande contribuição que a UFAL está dando não só para ampliar o campo de reflexão no âmbito da comunidade universitária, mas em toda a sociedade alagoana, na medida em que está estimulando debates e reflexões sobre temas de tamanha importância. Como nos outros Atos, fizemos uma comunicação direta com todos os estudantes da UFAL, através de e-mails, com o seguinte convite: Neste dia, realizamos uma manifestação política para lembrar os mortos nos 7 primeiros meses do ano de 2009. Representamos simbolicamente as 1.109 pessoas que já tinham sido assassinadas até o mês de Julho, pregando 1.109 cruzes num pano branco que afixamos no Hall do Auditório do CSAU onde estudantes, professores e funcionários ajudaram a montar o painel com as cruzes. Este foi um momento emocionante onde mais uma vez a UFAL homenageou as vítimas da violência letal em nosso estado, com um minuto de silêncio. Alguns se pronunciaram registrando o quanto é importante sairmos da frieza dos dados e mostrarmos simbolicamente as pessoas através de objetos (camisas, velas e agora cruzes). De fato os números ganham outra dimensão quando conseguimos traduzí-los e representá-los em objetos que expressam individualmente cada um dos sujeitos assassinados.

3º ATO UFAL EM DEFESA DA VIDA: REALIZAÇÃO DA CONFERÊNCIA LIVRE DE SEGURANÇA PÚBLICA


Atendendo a uma convocação do Ministério da Justiça, a UFAL, através do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA e do NEVIAL (Núcleo de Estudos sobre a Violência em Alagoas) realizou uma Conferência Livre de Segurança Pública durante todo o dia de 25 de junho de 2009, das 8hs às 18hs, no Auditório da Reitoria. Esta Conferência Livre de Segurança Pública somou-se a centenas de outras que aconteceram em todo o país, como etapas preparatórias para a 1ª Conferênccia Nacional de Segurança Pública realizada em Brasília no período de 27 a 31 de Agosto de 2009. Abaixo o convite enviado a toda a Comunidade Universitária: Este foi um momento ímpar na história política brasileira e alagoana uma vez que, pela primeira vez, a sociedade civil teve oportunidade de participar da formulação do Plano de  Segurança Pública para o Brasil. Fizemos todos os esforços para que aquele momento fosse marcado pela riqueza do debate e discussão envolvendo estudantes, professores e funcionários da UFAL.

Tivemos um número expressivo de inscritos, totalizando 137 pessoas, entre estudantes, professores, funcionários e representantes da sociedade civil organizada. Todos os participantes discutiram o Texto Base apresentado, no momento inicial de nossa Conferência, pelo representante do Ministério da Justiça. Conseguimos, através de contatos com o Ministério da Justiça, uma quantidade de 200 exemplares do Caderno do Texto Base (distribuído a todos os participantes da Conferência Livre no ato da inscrição) que serviu de referência para toda a discussão dos Princípios e Diretrizes relativos à política de Segurança Pública durante a realização da Conferência Livre na UFAL. 

Mesa de Abertura com participação da Reitora, dos Pró-Reitores Estudantil e de Extensão, da OAB, da Secretaria Estadual da Mulher, dos Direitos Humanos e Cidadania Representante do Ministério da Justiça – Drº Fernando Antunes Cel Vinícius- Secretário Executivo da Conferência Estadual - Etapa Alagoas Participação dos Estudantes e da Sociedade Alagoana Como primeira atividade da Conferência Livre da UFAL, realizamos uma Mesa Redonda onde se discutiu as várias expressões da violência no cotidiano da sociedade. Falaram representantes dos Estudantes, Professores e Funcionários, além de representação do Movimento Negro e da Reserva Técnica da Polícia Militar.

Foi um momento extremamente rico de discussão, e também contou com a participação não só de estudantes, professores e funcionários como também de representantes da sociedade civil alagoana. A PROEST garantiu o almoço para todos os participantes num valor de R$ 2,00 em nosso Restaurante Universitário. Isso evitou a dispersão dos participantes, além de garantir uma maior integração entre eles.

Gostaríamos de registrar o quanto foi importante a presença do representante do Ministério da Justiça, Drº Fernando Antunes, colaborando imensamente com a equipe de facilitadores que trabalhou durante a Conferência Livre da UFAL. Esta equipe de facilitadores foi constituída por membros do NEVIAL (Núcleo de Estudos sobre a Violência em Alagoas) e por representantes da PROEST. Todos foram preparados com a leitura prévia do Texto Base que norteou toda a discussão que aconteceu nos Grupos de Trabalho realizados no período da tarde no Espaço da Faculdade de Direito. 

Representante do Ministério da Justiça, e dois estudantes que atuaram na Organização do Evento (Arlan Montelares e Angela Telles)
Eixo Temático 1: Gestão Democrática: controle social externo, Integração e Federalismo
Facilitadora: Ana Paula Marques
Eixo Temático 2 : Financiamento e Gestão da Política Pública
Facilitadores: Giovana Karla e Sérgio Lima
Eixo Temático 3: Valorização Profissional e otimização das condições de trabalho
Facilitadores: Fabiana Brito e Sérgio Silva Santos
Eixo Temático 4: Repressão Qualificada da Criminalidade
Facilitadora: Maricélia
Eixo Temático 5: Prevenção Social do crime e das Violências e construção da Cultura de Paz
Facilitadora: Profº Ruth Vasconcelos 
Eixo Temático 6: Diretrizes para o Sistema Penitenciário
Facilitadores: Profª Elaine Pimentel e Douglas Bastos
Eixo Temático 7: Diretrizes para Sistema de Prevenção, atendimento emergenciais e acidentes
Facilitadora: Cíntia Villas Boas

Após a realização dos Grupos de Trabalhos, onde cada grupo ficou responsável pela discussão e elaboração de Princípios e Diretrizes para cada Eixo Temático específico, voltamos para o Auditório da Reitoria onde fizemos a apresentação de todas as propostas elaboradas, e votamos os Princípios e Diretrizes que a UFAL encaminhou para compor o quadro de propostas na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública. Apresentação dos Princípios e Diretrizes de Cada Eixo Temático.

Os participantes lendo e selecionando as propostas para votação Votação das Propostas pregando adesivos em formato de coração Segue, em anexo, o Relatório Final encaminhado para o Ministério da Justiça contendo todos os Princípios e Diretrizes mais votados durante a Conferência Livre da UFAL, e que constou no Caderno de Propostas discutidas na 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública realizada em Brasília entre os dias 27 e 31 de agosto de 2009. A professora Ruth participou da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, com financiamento do Ministério da Justiça. Evidentemente esta concessão deve-se, entre outras coisas, à realização da Conferência Livre na UFAL.

2º ATO DO PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA: MESA REDONDA: VIOLÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA – DESAFIOS E PERSPECTIVAS


O 2º Ato aconteceu no dia 28 de Maio de 2009, no Auditório da Reitoria com a realização de uma Mesa Redonda onde foi discutido o tema “Violência Segurança Pública em Alagoas: desafios e perspectivas”. Os Palestrantes foram o então Presidente do Conselho de Segurança Pública do Estado de Alagoas, o Juiz Manoel Cavalcante, e o então Coordenador do Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura da Secretária Nacional de Direitos Humanos, vinculado ao Ministério da Justiça, Pedro Montenegro (atual Secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidadania). 

Também utilizamos uma estratégia de ampla divulgação não só no espaço universitário, como também na sociedade alagoana, que se fez presente através dos representantes da Secretaria de Defesa Social, na pessoa do seu secretário, Dr. Paulo Rubim; da Secretaria Estadual da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, através de sua Representante Fátima Canuto; do Conselho Estadual dos Direitos Humanos, através do seu presidente Adv Everaldo Patriota; do Presidente do ITERAL, Geraldo Majella, entre outros. 

Apresentação da Mesa redonda Secretário De Defesa Social Drº Paulo Rubim Participações da Sociedade Civil e Comunidade Acadêmica Neste mesmo Ato, inauguramos um Placar com os números de homicídios ocorridos mês a mês no Estado de Alagoas, através dos dados oferecidos pela Secretaria Estadual de Defesa Social. Esta é mais uma estratégia que utilizamos para dar visibilidade aos números, e para implicar os universitários na discussão desta problemática que não se restringe aos gestores da Segurança Pública, mas a todos e todas que participam da sociedade alagoana. Neste Ato tivemos a participação de aproximadamente 120 pessoas, incluindo os estudantes inscritos.

Com o objetivo de representar simbolicamente os 497 mortos nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março do ano de 2009, distribuímos 497 velas que foram acendidas em homenagem àqueles que foram vítimas fatais no Estado de Alagoas até aquela data. Lançamento do Placar dos Homicídios Exposição dos Números de Homicídios nos meses de Janeiro, Fevereiro e Março Velas representando simbolicamente as 497 pessoas assassinadas em Alagoas nesses três meses de 2009. Avaliamos que presença dos Estudantes neste 2º Ato foi mais significativa que no 1º Ato. Precisamos registrar que a partir deste 2º Ato passamos a oferecer Certificado de Participação aos estudantes; isso pode ter sido um estímulo a sua participação neste e nos outros três atos que realizamos.

1ª ATO DO PROGRAMA UFAL EM DEFESA DA VIDA: CONSTRUÇÃO DE UM VARAL COM CAMISAS PARA REPRESENTAR SIMBOLICAMENTE OS ASSASSINATOS DE 2008


O Ato inaugural do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA aconteceu dia 02 de abril de 2009, no espaço da Avenida Central da Universidade. Construimos um grande varal com 2.064 camisas representando simbolicamente as 2.064 vítimas de violência letal no Estado de Alagoas apenas no ano de 2008. Esta atividade política começou a ser construída mais ou menos um mês antes do evento, no final de fevereiro, quando desencadeamos uma campanha para arrecadação de blusas e camisas para a construção do varal. 

Nosso objetivo principal com a construção deste varal foi dar visibilidade a esses dados; além de ser uma tentativa de despertar a indignação da população universitária em relação a esta realidade que coloca o Estado de Alagoas entre os mais violentos da federação. Com a indispensável e sempre efetiva colaboração da ASCOM no sentido da divulgação dos nossos eventos, conseguimos atingir a nossa meta recolhendo até mais de 2.064 camisas. Essa conquista aconteceu em função da colaboração do professores, estudantes e funcionários, como também da sociedade civil alagoana. O plano de mídia e divulgação funcionou de forma exemplar, através do contato feito pela ASCOM, e conseguimos dar visibilidade a nossa campanha e ao nosso Ato nas seguintes mídias: Rádio CBN, Rádio Difusora, Rádio Gazeta, TV Pajuçara, TV Educativa, TV Gazeta de Alagoas, Blog Tudo na Hora, e no programa de Rádio “Doze e dez Notícia”. Além disso, fizemos ampla divulgação do Evento durante duas semanas nas salas de aula; e dois dias de panfletagem na entrada UFAL. 

Além de toda essa divulgação, a ASCOM garantiu um espaço no site da UFAL convocando a comunidade Universitária para o engajamento nesta atividade. Também confeccionamos um material gráfico onde além das informações, trazia um calendário que apontava as datas dos próximos Atos que o Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA iria realizar. Definimos que nossas atividades seriam na última quinta feira de cada mês; momento em que já teríamos os dados de homicídios fornecidos pela Secretaria de Defesa Social. Os meses em que o Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA não realizou atividades específicas, foi devido ao acontecimento de outras atividades da PROEST.

Vale ressaltar que grande parte da divulgação foi realizada pelos estudantes envolvidos no Programa “AQUI(N)TA CULTURAL” que elaboraram performances teatrais para chamar atenção dos estudantes sobre a importância de seu engajamento da campanha “em defesa da vida” em nosso Estado. Para tanto, realizamos uma reunião com todos os estudantes (Dança, Musica e Teatro) do referido Programa no Auditório da Biblioteca Central solicitando seu engajamento neste processo. Assim garantimos uma divulgação com arte, fato que nos engrandeceu na medida que implicou na ampliação das discussões da temática da violência no espaço universitário, maior objetivo de nosso Programa.

O Ato Inaugural do Programa UFAL EM DEFESA DA VIDA ultrapassou os muros da Universidade, e isso pôde ser constatado pela participação de algumas entidades da sociedade civil que atenderam à nossa convocação, unindo-se às Pró-Reitorias Estudantil e de Extensão que estiveram a frente deste Ato. É importante registrar o apoio logístico que recebemos das duas entidades de classe da UFAL:  DUFAL e SINTUFAL. Das entidades da sociedade presentes no Ato registramos as seguintes: Secretaria  Estadual de Defesa Social, Secretaria Estadual da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, Presidente do Iteral, Representante do Conselho Estadual de Direitos Humanos, Representante do Fórum Pela Vida e Pela Paz, Ouvidoria Agrária Regional do INCRA, Representante da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), Centro de Ação Integrada da Cidadania, Igreja Batista, Reserva Técnica da PM e Corpo de Bomboeiros, Encontro de Jovens com Cristo, Presidente do Fórum Permanente contra a Violência em Alagoas, Associação dos Moradores do Tabuleiro Novo, Centro de apoio às Mulheres Vítimas da Violência, Igreja Católica, NEVIAL, SINDPOL, Representante dos Direitos Humanos da OAB, Representante do Centro de Gerenciamento de Crises e Direitos Humanos da PM, Assessoria da Vereadora Tereza Nelma, Representante do Movimento Negro de Alagoas, Representante do Movimento Meninos e Meninas de Rua de Maceió, etc. Além desses representantes, estavam presentes as TVs Gazeta, Pajuçara, Educativa, as Rádios Gazeta, Pajuçara, Repórteres do Programa Fique Alerta e Plantão de Alagoas. Em função de toda essa repercussão midiática, o nosso Evento foi noticiado na Rede Globo de televisão, tanto no Jornal da Tarde como no Jornal Nacional, assim como na SBT em nível Nacional.

Avaliamos que não só a meta de recolher as 2.064 camisas foi atingida, como também a meta de provocar uma reflexão crítica entre os estudantes, professores e funcionários, sobre os extraordinários dados de violência em nosso Estado. Compreendemos que esta foi uma excelente forma de provocarmos um impacto político e reflexivo na sociedade alagoana, fazendo com que as pessoas pudessem vizualizar a estupidez desta realidade que tem atingido de forma contundente a juventude de nosso Estado. Com a exposição das camisas, onde colocamos aleatoriamente os nomes e as idades das pessoas assassinadas, conseguimos humanizar aqueles dados que aparecem estatisticamente de forma fria e impessoal. 

Importante salientar que nosso evento foi noticiado em todos os veículos de comunicação local. Avaliamos também que o momento de construção do Ato inaugural do Programa, onde vivenciamos o processo de divulgação e arrecadação das camisas, foi muito importante, porque foi aí que conseguimos provocar o maior número de debates entre os universitários. Até as pessoas que se mostravam críticas à nossa estratégia de luta “em defesa da vida”, terminaram por contribuir com o debate do tema posto em pauta a partir do nosso Programa. Foi importante a participação dos estudantes dos cursos de Artes vinculados ao Projeto AQUI(N)TA CULTURAL, durante o 1º ATO, onde eles fizeram a apresentação de uma performance teatral com o ttítulo “Em Branco”, chamando atenção para o sofrimento humano provocado pela ação violenta contra os jovens no espaço social. Segundo a então Coordenadora do Grupo de Teatro, Nara Salles, “A instauração cênica “Em Branco” é resultado da pesquisa “Violência Urbana e Cotidiano”, desenvolvida no Núcleo Transdisciplinar de Pesquisa em Artes Cênicas e Espetaculares da UFAL (www.chla.ufal.br/artes/nace/), faz parte da linha de pesquisa Prática Cênica e Espetacular, na qual propomos criações cênicas a partir de pesquisa teórica e de campo com fundamentos e técnicas da antropologia. Objetivamos chamar a atenção da população sobre a violação dos direitos humanos, configurada em assassinatos. A instauração cênica estreou na praça em frente o Palácio dos Martírios em Maceió e viajou para representar o Brasil em dois ENTEPOLA, Encontro de Teatro Popular da América Latina, no Chile e na Colômbia, sob os auspícios da FAPEAL”. 

Após o Ato do dia 02 de Abril, recolhemos todas as camisas, armazenamos em caixas e distribuímos em duas comunidades carentes de Maceió: “Sururu de Capote” e “Cidade de Lona”. Contactamos com as lideranças dessas duas Comunidades e solicitamos que as mesmas fizessem a distribuição das blusas e camisas em suas comunidades.